Ocorre que nesta última sexta-feira, recebi o e-mail da leitora Mônica (do 4º período noturno da FND), que de forma carinhosa e prestativa pesquisou nos arquivos virtuais do Jornal Estado de São Paulo® e me enviou o real texto do Jabor sobre as mulheres, que é muito bom. Muito obrigado, Mônica!
Enquanto o anterior é mais meloso, este analisa mais profundamente as mulheres, principalmente quando fala sobre os canalhas e quando as mulheres nos abandonam. Por outro lado, discordo que só o corno conhece o verdadeiro amor, concordando o quão feio é ver o estado de um corno, carente, palhaço.
Do maio ao final, Jabor já vem com uma vertente mais melosa (“mulher é poesia”), exaltando ainda os “poderes superiores” femininos que nos fizeram chegar ao “mundo travesti” em que vivemos.
Realmente este texto do Jabor não é dez, mas cem vezes melhor. Concordo em parte tanto com o anterior, que exalta mais as mulheres, quanto o com este que analisa a alma, o espírito e as cabeças femininas. Talvez,, um texto complete o outro, mas ambos estão valendo. De resto só há uma certeza: o mundo é das mulheres! Segue o texto original do Jabor:
O mundo de hoje é travesti
Está rolando na internet um texto ridículo sobre "mulheres" atribuído a mim.
Sou uma besta, todos o sabem; mas, não chego a esse relincho lamentável do asno que o escreveu. Diz coisas como: "A mulher tem um cheirinho gostoso, elas sempre encontram um lugarzinho em nosso ombro".Uma bosta, atribuída a mim. Toda hora um idiota me copia e joga na rede. Por isso, vou falar um pouco de mulher, eu que mal as entendo na vida. Não falarei das coxas e seios e bumbuns... Falo de uma aura mais fluida que as percorre.
Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel, não perdura. Um sorriso de descrédito lhes baila na boca quando lhe fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque elas querem ser amadas, muito mais que desejadas. Elas estão sempre fora da vida social, mesmo quando estão dentro.
Podem ser as maiores executivas, mas seu corpo lateja sob o tailleur e lá dentro os órgãos estranham a estatística e o negócio. Elas querem ser vestidas pelo amor. O amor para elas é um lugar onde se sentem seguras, protegidas.
O termômetro das mulheres é: "Estou sendo amada ou não? Esse bocejo, seu rosto entediado... será que ele me ama ainda?" A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, pára de nos amar. A mulher precisa do homem impalpável, impossível. As mulheres têm uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão amorosa: quer que o homem a entenda, mas isso está fora de nosso alcance. A mulher pensa por metáforas.
O homem por metonímias. Entenderam? Claro que não. Digo melhor, a mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico sem fim, como a arte. O homem quer princípio, meio e fim. Não estou falando da mulher sociológica, nem contemporânea, nem política. Falo de um sétimo órgão que todas têm, de um "ponto g" da alma.
Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. Nada mais terrível que a mulher que cessa de te amar. Você vira um corpo sem órgãos, você vira também uma mulher abandonada.
Toda mulher é "Bovary"... e para serem amadas, instilam medo no coração do homem. Carinhosas, mas com perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos... ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas, curioso, a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada, não é corna. O homem corneado, carente, é feio de ver. A mulher enganada ganha ares de heroína, quase uma santidade. É uma fúria de Deus, é uma vingadora, é até suicida. Mas nunca corna. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena do corno. O ridículo do corno é que ele achava que a possuía. A mulher sabe que não tem nada, ela sabe que é um processo de manutenção permanente. O homem só vira homem quando é corneado.
A mulher não vira nada nunca. Nem nunca é corneada... pois está sempre se sentindo assim. Como no homossexualismo: a lésbica não é viado.
A mulher é poesia. O homem é prosa. Isso não quer dizer que a mulher seja do bem e o homem do mal. Não. Muita vez, seus abismos são venenosos, seu mistério nos mata. A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo "me come todinha". Falam isso no motel, para nos animar. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. Ela não sabe quem é. Mas elas também não querem ser opacas, obscuras. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe.
O masculino é certo; o feminino é insolúvel. O homem é espiritual e a mulher é corporal. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude e essa luta contra o vazio justifica sua missão de entrega. Mesmo que essa "plenitude" seja um "living" bem decorado ou o perfeito funcionamento do lar. O amor exige coragem. E o homem... é mais covarde. O homem, quando conquista, acha que não tem mais de se esforçar e aí , dança...
A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. Ela vive mais desamparada e, no entanto, mais segura. A vida e a morte saem de seu ventre. Ela faz parte do grande mistério que nós vemos de fora, com o pauzinho inerme. Ela tem algo de essencial, tem algo a ver com as galáxias. Nós somos um apêndice.
Hoje em dia, as mulheres foram expulsas de seus ninhos de procriação, de sua sexualidade passiva, expectante e jogadas na obrigação do sexo ativo e masculino. A supergostosa é homem. É um travesti ao contrário. Alguns dizem que os homens erigiram seus poderes e instituições apenas para contrariar os poderes originais bem superiores da mulher.
As mulheres sofrem mais com o mal do mundo. Carregam o fardo da dor histórica e social, por serem mais sensíveis e mais fracas. Os homens, por serem fálicos, escamoteiam a depressão e a consciência da morte com obsessões bélicas, financeiras ou políticas. As mulheres agüentam firmes a dor incompreendida. O mundo está tão indeterminado que está ficando feminino, como uma mulher perdida: nunca está onde pensa estar. O mundo determinista se fracionou globalmente, como a mulher. Mas não é o mundo delicado, romântico e fértil da mulher; é um mundo feminino comandado por homens boçais. Talvez seja melhor dizer um mundo travesti. O mundo hoje é travesti.
Depois de ser apelidado de Guille do fliperama Street Fighter pelos amigos, Del Samba, em mais uma de suas sacadas geniais, me identificou como sendo Ivan Drago do filme Rocky IV (versão miniatura, lógico). Tá valendo...rsrsrsrsrsrsrsrs

J.Daniels parece estar passando por uma crise contra compromissos a ponto de sua sainte/pegante/ficante/namorada Susan (na verdade não se sabe qual o título atual da pobre moçoila) o cobrar desesperadamente na frente dos amigos uma posição do rapaz. Em atitude histérica bradou (ipsis litteris): “Essa porra aqui não se define como meu namorado!”, fazendo com que a massa fosse à loucura ao presenciar o fato.
Cara bom é isto aí mesmo, mulherada prova o gostinho e não quer mais largar...rsrsrsrsrsrsrs
Umas das coisas que mais me entristecem é a ingratidão. Odeio quando isso ocorre. Pessoalmente eu procuro sempre tratar as pessoas bem, ser amigo, prestativo e leal. Fico muito chateado quando vejo pessoas voltando-se contra o passado e destratando aquele que te deu a mão, que te tratou bem, que foi amigo. Igualmente nauseabundo fico quando percebo pessoas abrindo um vistoso sorriso quando se passa, mas pelas costas, calunia e difama aquele que pensa que estas pessoas são suas amigas. De forma idêntica fico ominoso quando vejo pessoas se aproveitarem das amizades que têm ou dos grupos que compõem com intuito de apenas satisfazer os interesses pessoais, usando estes “amigos” (aos olhos dos interesseiros), bem como estes grupos, apenas como instrumento, como trampolim para alcançar degraus que, de forma própria, com certeza não alcançariam. É uma pena que existam pessoas assim, mas elas estão aí, se aproveitando de vocês. Cuidado!
Assistindo ao último debate realizado entre Marta ‘dondoca’ Suplicy e José ‘moribundo’ Serra, nesta última quinta-feira, pude confirmar o que sempre pensei. Paulistanos são chatos e monótonos. E esta imagem não muda nem com a onda de forçação de barra apológica da mídia em favor daquela cidade que segundo o nobre sócio Art®, é uma Tijuca gigante.
Mas um fato é indiscutível: A Marta é tão fraca que consegue ser pior que o Serra.... Senador Eduardo é quem se deu bem se livrando da “madame”...rsrsrsrsrsrs
Fora de Ordem
Caetano Veloso
Vapor barato, um mero serviçal do narcotráfico
Foi encontrado na ruína de uma escola em construção
Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína
Tudo é menino e menina no olho da rua
O asfalto, a ponte o viaduto ganindo pra lua
Nada continua
E o cano da pistola que as crianças mordem
Reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito
Mais bonita e
Muito mais intensa do que no cartão postal
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...
Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata
Tua batata da perna morena, a trupe intrépida em que fluis
Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe ou desce arampa
Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece, parece paz
Parece paz
Pletora de alegria, um show de Jorge Benjor dentro de nós
É muito, é muito, é total
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...
Meu canto esconde-se como um bando de Ianomâmis na floresta
Na minha testa caem, vêm colocar-se plumas de um velho cocar
Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela do garoto de frente do Trianon
Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias possíveis sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...
Desce a saideira! Até a próxima segunda...
O garçon não traz seu comment?! Comenta aqui!!...
Mais uma dose do Anônimo, no balcão às: 22:04
