As vezes sinto vontade de que tudo pare, dos carros que passam no viaduto às batidas do meu próprio coração. A vida é passageira, isso é um fato. Incomada-me no entanto que ela tenha pressa demais. Não bastasse a efemeridade das coisas, temos que nos acostumar com sua fugacidade. Por mim o mundo giraria num ritmo mais lento, as estações teriam mais meses e os beija-flores não seriam tão rápidos, ficariam quase sempre estáticos. E a banda larga na internet, para que isso? Acho que todos nós deveríamos ser mais baianos.______________________________________Paciência
Lenine
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calmaAté quando o corpo pede um pouco mais de almaA vida não páraEnquanto o tempo acelera e pede pressaEu me recuso faço hora, vou na valsaA vida é tão raraEnquanto todo mundo espera a cura do malE a loucura finge que isso tudo é normalEu finjo ter paciênciaO mundo vai girando cada vez mais velozAgente espera do mundo e o mundo espera de nósUm pouco mais de paciênciaSerá que é tempo que lhe falta pra perceberSerá que temos esse tempo pra perderE quem quer saber, a vida é tão rara... tão raraMesmo quando tudo pede um pouco mais de calmaMesmo quando o corpo pede um pouco mais de almaEu sei, a vida não páraA vida não pára nãoSerá que é tempo que lhe falta pra perceberSerá que temos esse tempo pra perderE quem quer saber, a vida é tão rara... tão raraMesmo quando tudo pede um pouco mais de calmaMesmo quando o corpo pede um pouco mais de almaEu sei, a vida não páraA vida não pára nãoA vida não pára_______________________________Fui assistir "Olga" outro dia e deixei minha companhia chocada ao final da sessão. Naquele momento inevitável dos comentários manifestei a seguinte opinião:- Realmente o filme reforça minha idéia de que a vida é feita de sofrimento e a única forma acertada de aliviá-lo é ter compaixão pela dor do próximo. Em resumo, a empatia, ou seja, o ato de nos colacarmos no lugar do outro, nos faz lembrar de que todos somos humanos e de que nosso sofrimento é compartilhado por todos os demais seres que também nascem, crescem e morrem. Desse jeito, conseguimos reduzir o peso em nossas costas, pois vemos que não estámos sós. Apesar de tudo isso, saí feliz do cinema!Sinceramente, alguém me entendeu ou eu surtei mesmo?PS: Eu não sou tão pernóstico falando quanto escrevendo, então não pensem que é um saco ir ao cinema comigo. E a idéia não é minha, é sugada de Sua Santidade, o Dalai Lama._____________________________________Não tenho medo da vida.Tranquila, levo a vida tranquila.Não tenho medo do mundo.Não vou me preocupar.Que me passe a doença, que me passe,a pobreza, que me passe,a maldade, que me passe,o olho grande, que me passe,a má sorte, que me passe,a inveja, que me passe,a tristeza da guerraTranquila, levo a vida tranquila.Não tenho medo da morte.Não vou me preocupar,Não vou me preocupar,Não vou me preocupar.PS: Arthur (e a quem mais for campeão de "qual é a música"), de quem é essa música?_________________________________Não reparem meu existencialismo barato de hoje. Acontece que nesse final de semana fui a um aniversário, um casamento e um velório. Tive que faltar numa cerimônia de colação de grau e num batizado por falta de tempo. Vai dizer que não é pra pensar na vida?!_______________________________________Puxando assunto na Mesa do Bar:Quem assistiu "Redentor"? Que delícia de filme (e de Pitanga...)! Há muito tempo não via coisa assim original no cinema brasileiro. Todo mundo interpretando no tom certo (é claro que o Pedro Cardoso uma oitava acima dos demais, sem desafinar), sem excessos ou ausências. Aliás, o elenco é imune a críticas (e a Camila Pitanga, ahhhh....) O roteiro é fenomenal. Fiquei boquiaberto quando vi nos créditos que a Fernanda Torres foi co-autora. Não que eu duvidasse da sua capacidade, só ignorava esse seu lado criativo. De quebra o filme ainda usa muito bem uns efeitinhos especiais, coisa rara aqui desde os filmes dos Trapalhões.Quem não foi que vá e quem já foi que diga o que achou. Para mim, vale a pena o ingresso.
________________________________Semana que vem prometo parar de tentar encontrar o sentido do universo e tudo mais para contar umas estórias engraçadas que tem acontecido comigo. Tipo pegar um trem errado indo para Santa Cruz ao invés da Central, ficando preso num culto evangélico ambulante realizado no vagão em que eu estava. Surreal...________________________________Tchau, falei demais!
O garçon não traz seu comment?! Comenta aqui!!...
Mais uma dose do Anônimo, no balcão às: 09:59
