Meus chefes têm animais de estimação. Um gato, de olhos azuis, chamado Chico Buarque, e um cão, pastor belga, chamado Gilberto Gil(N.da LE. Pastor Belga é o manto negro. Se você acha que na Bélgica só tem louro, lembre-se que lá tem cerveja negra (das boas) e tem os irmãos M´penza no ataque da seleção).
Tinham um peixe chamado Raimundo Fagner, mas este foi liberto, uma vez que, no aquário onde se encontrava não dava pra fazer Borbulhas de Amor. De vez em quando aparecem bichos sazonais, como duas pererecas, que só andam juntas, as quais apelidei carinhosamente de Maria Bethânia e Ângela Ro Ro. A função delas é estraçalhar os grupos de muriçocas que ficam no meu quarto. Muriçocas barulhentas e chatas, que apelidei de Rouge e Br´Oz. Pois é, uma casa animal... e musical.
Buarque é um gato estranho e engraçado. O Cotidiano dele é muito complicado, pra ele todos somos João e Maria, que trata com notória indiferença. Paratodos é apenas um gato preguiçoso pela manhã, que parece esperar A Banda passar. Mas ele está se guardando pra Quando o Carnaval Chegar. Compreender Buarque é algo muito complicado, mas todo mundo gosta dele, e o acha lindo e confiável, como Um caro Amigo. De vez em quando me pego fazendo uma Construção sobre esse fato. Tento brincar com ele, e sinto que ele pensa: ”– Cálice seu mané! Apesar de você, amanhã há de ser outro dia”. Aprecio a beleza e a liberdade do felino, na vida dele já deve ter havido algumas Rodas Vivas, mas nada que se compare à vida humana. Afinal, gatos são muito mais espertos que nós, Malandros mesmo. Nos vêem como bonecos n´As Vitrines. Sem problemas, eu sei que essa indiferença Vai Passar. Enquanto não passa, eu vou Até o Fim. E ele continua Atrás da Porta.
Esse texto invade os limites do nonsense, e cabem várias indagações nele. Me admira que você tenha chegado ao final dele. Eu, inspirado no Veríssimo em seus dias ‘noir’, desisti na quinta linha.
Ah, eu não esqueci do Gil. É que Falar do Gil é complicado. Sabe como é, ele é cachorro grande agora, e convém não arranjar briga com cachorro grande.
Poemas, sempre poemas... este especial, pois comemorativo ele é.
Tempos atrás,
eu era apenas pálida imagem,
atrás de monitor, pequena foto
atrás de telefone, rouca voz
Tempos caminham,
imagem toma cor forte,
do monitor ao amor maluco
pontes Rio-Pernambuco
Tempos que passam,
dificuldades que surgem,
amor que se fortalece,
vontades que se unem
Tempos de dor,
de amparo e cumplicidade,
de sonhos e realidades,
uns mais duros que outros.
Tempos de simplicidade,
onde palavras rebuscadas viram populares
onde o luxo é beber nos bares
e os bares são o luxo, porque estamos juntos
Tempos de simplicidade
onde tudo se torna mais nítido
365 dias são 1 ano
e 1 ano é muito pouco.
Porque o tempo é muito
e é tempo de amor.
E de tempos de amor eu não falo,
Porque tempos de amor são eternos.
Parabéns amor, te amo.
Aloha
P.S.: Logo aqui embaixo, tem post do Del Samba. Atravessei meu grande amigo. Desculpe Del, foi a ansiedade pela data. Perdoa-me.
O garçon não traz seu comment?! Comenta aqui!!...
Mais uma dose do Art, no balcão às: 12:52
