Esses meninos...
Que brincam de riscar papel, de driblar destinos. Geniais e geniosos, discretamente famosos no futuro, anônimos de estardalhaço em um passado recente.
Os meninos da rua que é história, antes deles existirem. E que serão história em uma próxima esquina de qualquer lugar onde estejam. E são historiadores, poetas, sambistas, roqueiros, desenhistas, cronistas, diplomatas, diplomáticos, cozinheiros, fotógrafos, magos e mágicos, mas jamais ilusionistas... E surfam nas cordas de um violão, e representam a vida de forma colorida e pura, mesmo que por alguns momentos ela seja monocromática.
Que jogam bola e marcam gols. Nas adversidades, nas maldades, nas injustiças... E goleiam podres poderosos. Que discursam sobre a verdade, que desvendam mentiras, que são mártires de revoluções ocultas, e que revolucionam de forma expressa o país. Garotos que não queriam mudar o mundo, mas já começaram a muda-lo sem querer.
Glória aos meninos que navegam nas ondas de sonho, nas mesas de bar, nos casos difíceis e nos lugares comuns, com a mesma desenvoltura. Meninos solteiros, meninos casados, meninos multi-étnicos... brancos, negros e amarelos. Cada qual com dois pedacinhos de sol, de mar, de ônix, de lago... de estrelas no olhar.
Meninos que passeiam dentro de cada um dos seres humanos que viveram ao menos cinco anos na Moncorvo Filho, naquele prédio histórico, residência do Conde D´Os Arcos, onde a Lei Áurea foi assinada, e onde foi Senado Imperial. Meninos de Ouro, que não se apegam a valores que não sejam os éticos e morais.
Meninos que até sempre mantêm a amizade.
Meninos como eu, e me orgulho em sê-lo.
(Conto escrito hoje, 18.08.2004, em homenagem a todos os meus grandes amigos da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, situada à rua Moncorvo Filho, nº 8. Largo do CACO, pros íntimos).
Poderia escrever muitas coisas, mas às vezes só o silêncio conforta. Grande amigo Rodrigo Tavares, minha solidariedade silenciosa para ti.
Hoje não vai ter musiquinha, sem tempo de catá-la. Hoje não vai ter croniqueta sobre Recife, embora tenha um monte de estórias pra contar. Hoje vai ser só aquela crônica ali em cima mesmo. E antes que se preocupem, ou me perguntem. Eu NÃO tenho saudades do Rio de Janeiro em si. Tenho saudades da família e dos amigos. Ah, tenho saudades do Flamengo também, mas é do Flamengo de 87 e de 92, não desse que está aí.
Amor, obrigado por tudo. Te amo
Aloha.
O garçon não traz seu comment?! Comenta aqui!!...
Mais uma dose do Art, no balcão às: 20:57
