Um vale cercado de barracos suspensos nos morros, de onde traficantes munidos de armas de guerra de última geração aterrorizam seus pobres vizinhos diariamente e, de vez em quando, o asfalto abastado também. Favelização desenfreada. Educação pública caótica. Transporte público deficiente. Saúde pública vergonhosa. Monumentos mal cuidados e, com isso, a memória de um país se esvaindo. Uma elite decadente que – pasmem – ainda não descobriu que trabalhar faz bem, que ainda acha que o Rio é o centro do poder nacional, e que pode viver do “você sabe com quem está falando?”...


Em qual cidade você quer viver? A dos que investem na qualidade de vida de seu povo ou na dos que investem na “indústria do caos” onde promete-se de 4 em 4 anos cessá-lo, e assim, se perpetuar no poder até a morte?

Pense muito bem no que fará em outubro próximo nas eleições municipais...
Esta simplesmente sensacional a versão de Adriana Calcanhoto® para a música “Fico assim sem você” de Claudinho e Buchecha®. Que Deus guarde com carinho o grande Claudinho....
Dediquei minhas quinta e sexta ao Anima Mundi®. Nem é preciso dizer que me diverti muito com os curtas, mas deve ter uma pilha enorme de processos me esperando na PGE¹ (rsrsrsrs). Na saída de uma das sessões a que assisti no CCBB², vi um rapaz vendendo um caderninho de poemas por R$ 2,00. Era um estudante da UFF correndo atrás de divulgar sua obra “via canela”, de forma amadora. Por isso mesmo adquiri os poemas. Gostei deste aqui:
Coisa que não se explica
Peter Lima
Quando menos se espera
Você é alcançado por alguém distante,
Doce diamante
Brilhando nas mãos e deixando feliz,
Sem que ao menos se tenha certeza de posse.
É um perto ao lado
Que de tão longe
Queres com abraço apertar,
Que mesmo esticando muito os braços,
Percebes que não pode tocar.
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¹ Procuradoria Geral do Estado.
² Centro Cultural Banco do Brasil.
Após um longo e tenebroso inverno de músicas medianas, O Rappa® ressurge com esta :
O Salto
O Rappa
As ondas de vaidades
inundaram os vilarejos
E minha casa se foi
Como fome e banquete
Então achei sobre as ruínas
e as dores sobre os ferros
A brasa e a pele ardiam
Como o fogo dos novos tempos
E regaram as flores
no deserto
E regaram as flores
com chuva de insetos
Mas se você ver em seu filho
uma face sua
e retinas de sorte
E um punhal reinar
como o brilho do sol
O que farias tu?
Se espatifaria
ou viveria
o espírito santo
Aos jornais
eu deixo meu sangue
como capital
E às famílias
um sinal
Aos jornais
eu deixo meu sangue
como capital
E às famílias
um punhal
à Corte eu deixo
um sinal
E regaram as flores
no deserto
E regaram as flores
com chuva de insetos
Desce a saideira! Até a próxima segunda...
O garçon não traz seu comment?! Comenta aqui!!...
Mais uma dose do Anônimo, no balcão às: 19:20
