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quarta-feira, maio 19, 2004

Que saudade dos venenos e punhais do velho amor...

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La pelotera


Às vezes, eu me pergunto o que faz a gente amar e desamar uma mesma pessoa. Que tipo de mecanismo nos empurra na direção de outrem ou dele nos afasta com igual rapidez e intensidade, quando esse outro vira outro mesmo?
A coisa é estranha. Você vem distraído, pela rua,inteiramente à toa,surfando nuvens,submerso em cismas, e, de repente,tropeça num sorriso,esbarra num olhar, e pronto:como diz o povo chileno – se armó la pelotera!
Às vezes, é uma palavra boba, que flutua no ar e eterniza aquele instante,despetalando sobre nós uma chuva de significados e meias intenções, que não existem senão dentro de nossa expectativa;às vezes é o avesso de tudo isso: um silêncio surdo,espesso,opaco,mas tão significativo quanto uma ruga no canto da boca da mulher amada ou tão eloqüente quanto o primeiro fio de cabelo branco. Às vezes, um braço,às vezes, uma curva da perna,um andar, um modo de olhar,um jeito de ver;outras vezes,nem isso – é apenas uma voz, uma voz e mais nada.
Vai-se ver e o amor está em toda parte, ao nosso alcance,e, uma vez descoberto, a sua presença ocupa todas as nossas horas,se alastra,nos envolve,conversa conosco o dia todo,discute,xinga e acarinha.
O amor parece que está sempre de plantão.Passa a eternidade toda de serviço, em permanente estado de prontidão. É a tocaia das esquinas.Emboscado em todo canto, o amor vive sempre atrás do toco.
Quando chega, inspira versos,bilhetes,obséquios,segredinhos,confissões, um dilúvio de ternuras;quando parte,amarra a cara e o passo,se arrasta,se arranha,se agasta,se lixa nas asperezas do adeus.
Quando chega, o amor é único; quando parte, é vário. E vário é também o destino que ele reserva aos para sempre amantes. Até porque não existem ex-amantes. Quem acredita em ex-amor é tolo. O ex-amante é uma das muitas espécies de hipocrisia social.
Um grande amor não se permite isso. Um grande amor não tem pretérito. É um sentimento que só se conjuga no presente. É um presente que a gente se dá ao coração e muitas das vezes nem se dá conta disso.
Um grande amor não se resolve ou desdobra depois numa amizade chocha e desapercebida,sem graça como tantas outras. Não se desbota do olhar na primeira garoa de saudade. Não se apaga da lembrança quando a gente quer.
Seguindo leis químicas imutáveis, um grande amor só se transmuta noutro grande amor, tão verdadeiro e urgente e necessário quanto ele. Nele mesmo. E até porque não se constitui unicamente corpo, um grande amor só contraria a física, com a sua generosa onipresença e a doçura de sua ubiqüidade.

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Como o dia é para ti,PURO SENTIMENTO, nada melhor que uma dedicatória...

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Dedicatória

Eu te agradeço por me devolveres
A minha circunstância, o meu limite;
Por seres quem tu és mim, por seres
O que a um grande amor só se permite

Eu te agradeço por me receberes
Na tua vida em flor, a teu convite,
A gula da paixão e dos prazeres
Com que mútuo se fez nosso apetite.

Eu te agradeço pela tua vinda,
Pelo perdão unânime e adverso
Da ausência que te faz mais minha ainda.

Eu te agradeço a espera, corpo e alma,
As coisas em comum e cada verso,
E tudo o mais que engana a perda e o trauma

Até mais...




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Mais uma dose do Anônimo, no balcão às: 00:19